Roteiro Aula Prática – Materiais e Instrumentação Eletroeletrônica
O Roteiro de Aula Prática de Materiais e Instrumentação Eletroeletrônica é uma iniciativa voltada para o curso de engenharia elétrica e áreas afins, com o objetivo de integrar teoria e prática no estudo de circuitos elétricos e sistemas de medição. Ele proporciona aos alunos a oportunidade de aplicar conceitos fundamentais, como medições de tensão, corrente, resistência e o uso de instrumentos de precisão, em ambientes simulados ou experimentais. Essa experiência prática é essencial para desenvolver as competências necessárias para a atuação no campo da eletrônica e instrumentação.
Por meio desse roteiro, os alunos são guiados em atividades que envolvem o uso de multímetros, sensores e software de simulação, como o LTspice, para configurar e analisar circuitos. Cada etapa é detalhada, desde a preparação e montagem dos circuitos até a coleta de dados e análise dos resultados obtidos. Os experimentos incluem simulações de filtros RC, amplificadores de instrumentação e acionamento de motores de indução, oferecendo uma visão prática dos desafios encontrados na área eletroeletrônica.
Essa iniciativa acadêmica é essencial para a formação dos alunos, pois complementa o aprendizado teórico com a aplicação direta em situações práticas, preparando-os para enfrentar problemas reais no mercado de trabalho. O Roteiro de Aula Prática não só reforça o conteúdo aprendido em sala de aula, como também contribui para o desenvolvimento de habilidades técnicas cruciais para a engenharia elétrica, automação industrial e outras áreas relacionadas.
Disciplina: Materiais e Instrumentação Eletroeletrônica.
RESULTADO DE AULA PRÁTICA 1
7 – Equipamentos de Medição.
2 – Propriedades dos Materiais e Sistemas de Medição.
Unidade: Aula:
Resultados da Aula Prática
O aluno deve apresentar um relatório técnico do experimento em que devem constar:
- As etapas desenvolvidas, ou seja:
- Acessar o site do simulador.
- Acessar o experimento Multímetro.
- Realizar pré-teste.
- Realizar o experimento.
- Tomar notas.
- Realizar pós-teste.
- Os resultados obtidos em cada etapa.
- Os pontos mais importantes apresentados no simulador.
- As capturas de tela do experimento no simulador. Deve-se apresentar no mínimo uma captura de tela para cada uma das seguintes etapas do experimento com o multímetro, ou seja:
- Medição das tensões elétricas contínuas em pilhas.
- Medição de tensão elétrica alternada.
- Medição de resistência elétrica.
- Medição de corrente contínua.
- Medição de corrente alternada usando um alicate amperímetro.
Referências
https://grupoa-u.blackboard.com/
Disciplina: Materiais e Instrumentação Eletroeletrônica.
RESULTADO DE AULA PRÁTICA 2
Aula 10 – Medição de Pressão.
Unidade 3 – Sensores e Medidores.
Unidade: Aula:
Resultados da Aula Prática
O circuito consiste num sensor piezorresistivo, sensor este que é representado pelo elemento U1. O elemento U1, quando excitado por uma pressão, altera a sua resistência, mas, como o sinal elétrico resultante apresenta baixa intensidade, é necessário ampliar o sinal, por isso se faz necessário o uso de um amplificador operacional. Ao final do experimento, o aluno deve obter os circuitos simulados para os casos da entrada valendo 5 V e 2 V, como mostrado a seguir.
Tensão de Entrada |
Tensão de Saída |
Valor em termos de pressão |
5 V |
8,333 V |
8,333 kPa |
2 V |
6,666 V |
6,666 kPa |
A tabela a ser montada, sabendo que 1 V equivale a 1 kPa é dada por:
Disciplina: Materiais e Instrumentação Eletroeletrônica.
RESULTADO DE AULA PRÁTICA 3
4 – Sistemas de Aquisição de Dados e Atuadores.
Aula 13 – Condicionamento de Sinais.
Unidade: Aula:
Resultados da Aula Prática
O resultado esperado para a aula prática é que o aluno seja capaz de realizar os seguintes itens para cada projeto apresentado. Ou seja:
Projeto 1: Filtro RC
- Apresentar uma breve introdução teórica sobre o filtro RC, incluindo suas aplicações e princípios de funcionamento.
- Configurar corretamente o circuito do filtro RC no LTspice, utilizando os componentes apropriados e conectando-os de acordo com o diagrama fornecido.
- Definir os valores adequados para o resistor (R) e capacitor (C), levando em consideração a frequência de corte desejada e a faixa de frequência de interesse.
Para calcular a frequência de corte (f_c) de um filtro RC (resistor-capacitor), você pode usar a fórmula:
f_c = 1 / (2 * π * R * C)
(1)
Onde:
- f_c é a frequência de corte em Hertz (Hz).
- π (pi) é uma constante aproximadamente igual a 3,14159.
- R é o valor da resistência em ohms (Ω).
- C é o valor da capacitância em farads (F).
Siga os passos abaixo para calcular a frequência de corte de um filtro RC:
- Determine os valores da resistência (R) e capacitância (C) do filtro RC.
- Substitua os valores de R e C na fórmula acima.
- Realize o cálculo para obter o valor da frequência de corte (f_c).
Por exemplo, suponha que você tenha um filtro RC com um resistor de 10 kΩ (10.000 ohms) e um capacitor de 1 µF (1 microfarad). Vamos calcular a frequência de corte:
f_c = 1 / (2 * π * 10 kΩ * 1 µF)
f_c = 1 / (2 * 3.14159 * 10,000 * 0.000001)
f_c ≈ 15.92 Hz
Portanto, no exemplo acima, a frequência de corte do filtro RC é aproximadamente 15,92 Hz. Isso significa que o filtro começará a atenuar o sinal de entrada a partir dessa frequência.
- Realizar a simulação do circuito no LTspice, observando a resposta em frequência do filtro RC. A simulação da frequência pode ser feita pelo ‘AC sweep’ como orientado no roteiro. O resultado esperado está apresentado a seguir.
- Comparar os resultados obtidos na simulação com as expectativas teóricas, analisando a atenuação em diferentes frequências e a resposta em fase do sinal.
- Apresentar os resultados e as conclusões em um relatório, incluindo os valores dos componentes utilizados, as medições realizadas e qualquer observação relevante.
Projeto 2: Amplificador de Instrumentação
- Fornecer uma introdução teórica sobre amplificadores de instrumentação, abordando suas aplicações e princípios de funcionamento.
- Configurar corretamente o circuito do amplificador de instrumentação no LTspice, utilizando os componentes adequados e conectando-os conforme o diagrama fornecido.
- Determinar os valores corretos para os resistores de realimentação e de entrada, levando em consideração o ganho desejado e as características do amplificador operacional.Para obter o ganho de um amplificador de instrumentação, é necessário conhecer a configuração do amplificador e seus componentes. O amplificador de instrumentação é comumente composto por três resistores: R1, R2 e Rg.
O ganho de um amplificador de instrumentação pode ser calculado pela fórmula:
Ganho = (R2 / R1) * (1 + (2 * Rg / R1)) (2)
Onde:
- R1 é a resistência conectada ao terminal não inversor do amplificador.
- R2 é a resistência conectada ao terminal inversor do amplificador.
- Rg é a resistência conectada ao ponto de referência ou terra comum (ground) do amplificador.
Agora, vamos considerar um exemplo em que o amplificador de instrumentação (Figura 3) possui um ganho de 10. Nesse caso, precisamos encontrar os valores apropriados para R1, R2 e Rg.
Suponha que escolhemos R1 = 1 kΩ (1000 ohms). Podemos calcular o valor de R2 e Rg usando a fórmula acima e o ganho desejado. Ou seja:
10 = (R2 / 1000) * (1 + (2 * Rg / 1000))
Simplificando a equação, podemos obter:
R2 + 2 * Rg = 10 * 1000
Uma solução possível é escolher R2 = 9 kΩ (9000 ohms) e Rg = 1 kΩ (1000 ohms). Nesse caso, o ganho do amplificador de instrumentação será aproximadamente 10.
É importante observar que existem muitas outras combinações possíveis de valores para R1, R2 e Rg, as quais podem fornecer um ganho de 10 em um amplificador de instrumentação. A seleção dos valores exatos depende do projeto específico, das restrições de componentes disponíveis e das características desejadas do amplificador. Os valores possíveis para os resistores estão apresentados na figura a seguir.
- Realizar a simulação do circuito no LTspice, medindo a amplitude do sinal de entrada e do sinal de saída para determinar o ganho do amplificador.
- Comparar o ganho obtido na simulação com o valor esperado teoricamente, além de avaliar a resposta em frequência e a distorção do sinal.
6. Elaborar um relatório contendo os resultados, incluindo os valores dos componentes utilizados, as medições realizadas e qualquer observação relevante.
O tutor/professor avaliará o desempenho do aluno com base na correta execução dos procedimentos, na compreensão teórica demonstrada, na precisão dos valores de componentes utilizados, na análise e interpretação dos resultados obtidos e na apresentação organizada e clara das informações no relatório.
Referências
GRAY, P. R.; HURST, P. J.; LEWIS, S. H.; MEYER, R. G. Analysis and design of analog integrated circuits. John Wiley & Sons. 2001.
FRANCO, S. Design with operational amplifiers and analog integrated circuits. McGraw-Hill Education. 2011.
RAZAVI, B. Fundamentals of microelectronics. John Wiley & Sons. 2017.
SEDRA, A. S.; SMITH, K. C. Microelectronic circuits. Oxford University Press. 2014. STREETMAN, B. G.; BANERJEE, S. K. Solid state electronic devices. Prentice Hall. 2005.
RESULTADO DE AULA PRÁTICA 4
4 – Sistemas de Aquisição de Dados e Atuadores.
Unidade:
Aula 15 – Elementos Finais de Controle.
Aula:
Resultados da Aula Prática
O objetivo da atividade é realizar o acionamento de um motor de indução no Multisim, utilizando um inversor de frequência e simulando o comportamento do motor em diferentes condições de operação. O roteiro inclui os seguintes passos:
-
Introdução teórica: O aluno revisará o conceito de acionamento de motores de indução, discutindo os componentes envolvidos, como o inversor de frequência e o motor, e explorando as características do motor, como partida, controle de velocidade e torque.
-
Configuração do circuito no LTspice: Será criado um novo esquemático no LTspice e selecionados os componentes necessários para construir o circuito de acionamento do motor e uma carga arbitrária, além do motor de indução. Os componentes serão conectados de acordo com o diagrama apresentado na figura a seguir.
-
Simulação do circuito: O aluno deverá obter o fator de potência e o valor da corrente de pico. Analisando os gráficos, a corrente de pico é de 42,08 A e há uma defasagem de aproximadamente 2,882 ms entre a tensão e a corrente.
O cálculo do fator de potência pode ser feito, inicialmente, convertendo a defasagem para radianos ou graus como segue:
1 ms
360º 1
60
– 2,882 ms
qgraus
® – 360º×2,882m =
60 ×qgraus ®
qgraus = – 62,25º
Com a defasagem, é possível se obter o fator de potência:
FP = cos(q) = cos(62,25º ) = 0, 4656
Com o fator de potência em mãos, é possivel se calcular o capacitor para a correção. Como se trata de um sistema trifásico, o processo para a correção do fator de potência é normalmente
Y
3 ×2p ×f ×V
2
=
=
= 550 mF
F (RMS )
3 ×2p ×f ×ç F (PICO ) ÷
æV
ö2
çè
2
÷ø
3 ×2p ×60 ×ç
æ179,6ö2
çè
2
÷
÷ø÷
Adicionando os capacitores ao sistema, o circuito fica o seguinte:
179,60 ×42,08
obtido pelo cálculo das potências. O primeiro passo é se determinar a potência aparente do sistema,
S3f = 3 ×VF (RMS ) ×IF (RMS) = 3 ×VL(RMS) ×IL(RMS)
Como o sistema está em Y, é mais fácil utilizar as tensões e correntes de fase, como o gráfico que foi obtido anteriormente. Assim, tem-se
S = 3 ×V
3f
F (RMS ) F (RMS )
×I
= 3 × F (PICO ) × F (PICO ) = 3 ×
V
I
10032,53
2 2
2
= 11336,35VA
O objetivo é se obter a potência reativa necessária para a correção, que é igual a potência reativa atual menos a desejada. Então, calculando a potência reativa atual, tem-se:
Q3f = S3f ×sen(q) = 11336,35 ×sen(62,25º ) = 10032,53VAr
A potência reativa desejada deve ser calculada a partir do fator de potência desejado (FP=1), o que indica que qd = 0º , portanto:
Qd 3f = Sd 3f ×sen(qd ) = P3f ×tg(qd ) = P3f ×tg(0º ) = 0
Assim, a potência ativa reativa necessária para a correção é:
Qc 3f = Q3f – Qd 3f = 10032,53 – 0 = 10032,53VAr
Com isso, é possível se determinar o valor dos capacitores a serem colocados no sistema. Nesse caso, eles serão colocados em Y. Portanto:
C =
Q
c 3f
Q
c 3f
Realizando a simulação as curvas de tensão e corrente obtidas estão apresentadas a seguir. Perceba que não há defasagem entre tensão e corrente, portanto, portanto o fator de potência é unitário.
-
Análise dos resultados: Serão registrados os valores dos componentes utilizados. O aluno analisará circuito trifásico RL, observando a sua resposta em termos do fator de potência. Serão identificados problemas ou limitações no circuito de acionamento e possíveis (propostas) de soluções.
-
Conclusão: O aluno fará uma síntese dos principais aprendizados e conclusões obtidos com a atividade, discutindo a importância da correção do fator de potência e do acionamento de motores de indução na automação, destacando, com isso, as habilidades, as competências e os conhecimentos adquiridos durante a atividade.
O tutor/professor avaliará o desempenho do aluno com base na correta execução dos procedimentos, na compreensão teórica demonstrada, na precisão dos valores dos componentes utilizados, na análise e na interpretação dos resultados obtidos, bem como na apresentação organizada e clara das informações.
Referências
BOLDEA, I.; NASAR, S. A. The induction machine handbook. CRC Press. 2010. FITZGERALD, A. E.; KINGSLEY Jr. C.; UMANS, S. D. Máquinas elétricas: com introdução à eletrônica de potência. 6.ed. Bookman, 2002.
LIPO, T. A. Introduction to ac machine design. University of Wisconsin-Madison. 2010. SEN, P. C. Electric motor drives: modeling, analysis, and control. CRC Press. 2017.
WILDI, T. Electrical machines, drives, and power systems. 6th ed. Pearson. 2016.